sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Personagens da vez...

Mulher de preso...

Há quem diga que mulher de preso, na maioria das vezes também é bandido. Não quero entrar nesse mérito, mas gostaria de comentar sobre uma pessoa - uma personagem da vida - que conheci durante uma matéria sobre transferência de presos. O marido dela está preso na Delegacia de Jardim América, Cariacica - Espírito Santo. Nessa cadeia, em que deveriam estar encarcerados cerca de 35 detentos, existem mais de 200.
No final de semana anterior, havia acontecido uma rebelião que resultou em presos feridos - um deles morto - e um policial civil ferido com um tiro.
Bem, na quarta-feira seguinte, muitas mulheres dos presos que conseguiram sobreviver à loucura do sábado ligaram enumeras vezes para a redação de A Tribuna pedindo que uma equipe fosse ao local, pois aconteceria uma nova rebelião e os presos seriam mortos pela polícia.
Só fomos porque descobrimos que naquele dia estava acontecendo uma transferência em 'massa' de presos de várias delegacias do estado para onde eles realmente deveriam estar, nos presídios. Havia uma equipe do Batalhão de Missões Especiais (BME) da Polícia Militar no local para realizar a tal transferência. Dizem por aí que os presos TREMEM ao virem os homens no BME.
Pois bem, chegando ao local muitas mulheres. Era dia de visita e elas estavam proibidas de entregar os malotes. Resultado: revolta. E mais: não sabiam da transferência. Resultado número 2: mais revolta.
Eis que naquela multidão estava Gabriela*, de 26 anos, mulher de um preso que ela dizia ser inocente. Pelo menos dessa vez. Do tipo que fala auto e chama a atenção, Gabi confessou que vive no mundo do crime, e que, muitas vezes, o marido acabou preso por culpa dela.
-É assim mesmo, eu faço e ele paga (risos) - se gabou ela, que tem dois filhos dele e já espera pelo terceiro.
O tipo de crime: venda de drogas.
Mas essa não foi a única confissão que Gabi fez. Na nossa frente, o marido dela ligou mais de três vezes para seu celular perguntando se o almoço não ia ser entregue.
- Ele não me larga. Quer que eu vá embora, não quer que eu me meta em confusão. Mas eu não vou embora enquanto ‘esses policia’ (o BME) não forem embora, eu hein! - disse.
Segundo ela, as mulheres têm um segredo para colocar os celulares lá dentro. Segredo esse contado em off, e que não poderá ser revelado aqui. Mas um deles vocês já sabem qual é. Infelizmente, existe alguém que colabora com elas.

*Nome fictício para não identificar nossa personagem.

Orar para aliviar a dor

em uma outra matéria - desta vez, mais triste e dramática - conheci outro belo personagem. Todas as semanas o vendedor de amendoins Charles dos Reis, 27 anos, vai ao Hospital Infantil de Vitória (ES) orar pelas pessoas que estão na área do pronto atendimento.
Segundo ele, é uma forma "aliviar a dor das pessoas".
Charles não faz o tipo escandaloso. Não. Quase em silêncio ele pergunta ao familiar do paciente se ele pode orar um pouco. E olha que a maioria das pessoas aceita, sem reclamar. Um ou outro ri, mas não faz mal.
- Venho aqui duas ou três vezes por semana - contou. Charles sai do bairro Bandeirantes, em Cariacica - município vizinho, mas que fica de certa forma, longe da capital para colocar as duas mãos sobre a cabeça de pessoas adoentadas mentalmente e orar em voz baixa.
- É para ajudar as pessoas - contou.

Charles, durante oração


Foto: Kadidja Fernandes

terça-feira, 22 de julho de 2008

“A Lei Maria da Penha ajudou as mulheres a terem mais coragem para denunciar”

Fugindo um pouco da proposta do blog...

*Por Katarine Rosalem

Há um ano e três meses trabalhando como delegada de polícia do estado, Cláudia de Freitas Coutinho Dematté passou por delegacias do interior e atualmente é chefe da delegacia de defesa da Mulher em Vitória, onde é titular há um mês.
Aos 27 anos se diz realizada profissionalmente e aposta na competência e na garra dos 36 novos delegados, nomeados em 2007 e 2008, para ajudar a combater a criminalidade no Espírito Santo.
Apesar da beleza, garantiu que nunca pensou em ser modelo e que seguir a carreira como delegada foi um sonho que começou antes mesmo de entrar na faculdade.
Filha de pai advogado, e casada desde janeiro desse ano, a delegada formada em direito pela Universidade de Vila Velha (UVV) em 2003, e pós-graduada em Direito Público e Penal, Cláudia conversou com a reportagem de A Tribuna na delegacia no Barro Vermelho, e falou sobre a realização do sonho de ser advogada; de como se impor em uma profissão dominada pelos homens e sobre a importância da lei Maria da Penha.
Empolgada com a profissão e a carreira, ainda não pensa em filhos, pretende fazer um mestrado em Direito Penal no ano que vem, e defender uma tese relacionada à área da violência contra a mulher.

Notinhas - Você é bonita, inteligente... Já pensou em ser modelo?
Cláudia Dematté - Imagina, eu nunca pensei em ser modelo, não tenho perfil para essa profissão. Acho que teria vergonha de ser modelo (risos). Meu sonho sempre foi seguir carreira criminal.

Pratica esportes?
No momento estou parada, mas pretendo voltar para a academia logo, logo. Infelizmente, nosso dia-a-dia é muito corrido e sobra pouco tempo para se dedicar aos esportes, mas eu pratiquei capoeira durante cinco anos... Amo esse esporte. Mas se voltar a fazer atividade física vai ser academia mesmo.

Quando você pensou em ser delegada?
Na verdade, eu já entrei na faculdade com esse objetivo. Quando eu comecei a estudar eu já sabia que não queria advogar. Na verdade eu sempre pensei em duas carreiras: ou delegada de polícia, ou promotora de justiça, que são as áreas com as quais me identifiquei mais, pois desde o início gostei mais da área criminal. Eu sempre admirei essa área. Para mim, o trabalho de um advogado é nobre.

Por quê?
A nossa profissão de delegado, é muito importante, tem uma característica que exige do profissional muita atenção e raciocínio rápido, pois nós temos que pensar rápido, decidir no momento. Temos pouco tempo para ter certeza se aquela situação é um flagrante; se o caso constitui mesmo um crime... É um desafio. Então, é um cargo gratificante, é nobre. Eu gosto disso. Amo a minha profissão.

Sua família aceitou sua escolha?
Meus pais, minha irmã e meu marido sempre me apoiaram porque eles sabiam que era meu sonho seguir essa profissão. Meu pai é advogado, e como falei, eu nunca quis advogar, pois seguir uma carreira criminal era meu sonho, assim como o da minha irmã, que também estuda direito e pretende prestar concurso para a polícia. Mas na família, em si, eu fui a primeira a ingressar na carreira de delegada.
Na verdade existe uma preocupação por se tratar de polícia, mas o apoio sempre existiu. Até mesmo dos amigos, que também sabiam que era o que eu queria e me deram a maior força para me sentir realizada.
E isso é importante. Quando você exerce uma profissão que você se identifica, você trabalha com amor e tem reflexo no resultado do seu trabalho, que acaba sendo positivo.

Foi difícil chegar ao cargo?
Foi um grande caminho. Depois de formada prestei concurso em 2005 e junto com outros 25 novos delegados, fui nomeada em 2007. Os outros 11 estão começando agora. Fiz prova escrita, objetiva, teste físico, psicológico. Depois veio o curso, que foi muito bom.
A maioria dos nossos professores eram delegados e nós tivemos a oportunidade de trocar informações com delegados mais experientes, que estão há muitos anos na profissão.
Essa é uma troca muito importante, pois eles passam a vivência deles para quem está entrando agora. Na época, antes da distribuição das delegacias em que iríamos trabalhar, nós passamos por várias delegacias da grande vitória e também foi uma experiência positiva.

Como se impor em um ambiente que é dominado pelos homens?
Eu fui delegada por um ano no interior, e lá a maioria dos meus colegas eram homens, mas nunca sofri nenhum preconceito. Aqui, na delegacia da mulher, a grande maioria dos funcionários são do sexo feminino, e aí não há esse tipo de problema.
Mas eu acho que hoje em dia essa visão machista, de que uma mulher não pode ser uma delegada de polícia já mudou. Hoje nós temos diversas mulheres ocupando o cargo de delegadas no Espírito Santo, e são todas muito competentes.
Dessa forma, nós mulheres mostramos que temos toda a capacidade para exercer esse cargo, assim como qualquer homem. Às vezes, por sermos mulheres, algumas pessoas olham meio desconfiadas, mas graças a Deus nunca sofri nenhum tipo de recriminação por isso.
Agora, é preciso saber se impor e impor respeito. É importante mostrar competência e saber ter uma postura adequada para o cargo, e mostrar que mesmo sendo mulher, temos pulso firme e competência para a função a que fomos nomeadas.

Você já sofreu algum tipo de assédio? Uma cantada...
Não. Eu sempre fui respeitada. Mas se acontecesse, não sei qual seria minha reação. Mas eu acredito que dependendo da situação, eu teria que agir com pulso firme, me impor, repreender sem deixar perder o respeito, colocando limites.

Foi um ano atuando no interior... Como foi essa experiência?
Foi muito boa. Eu passei um ano como titular nas delegacias de Montanha, Mucurici e Porto Belo. E para nós recém formados é muito importante, porque é uma experiência muito construtiva.
E eu vou ter sempre um carinho muito grande por essas cidades porque eu fui muito bem tratada, muito bem acolhida e tentei fazer o melhor trabalho possível.
Por ser interior, você consegue ter um acesso mais próximo de juízes, da justiça. E nesses município os juízes eram ótimos. Nós conseguíamos fazer um trabalhão integrado muito bom, entre justiça, Polícia Militar e promotores. Foi muito legal, uma experiência única.

E quando você assumiu a delegacia da mulher?
Foi em junho e o primeiro caso de repercussão que peguei foi o da vendedora atacada por um rapaz quando abria a loja, em Jardim da Penha. Eu tinha acabado de assumir a delegacia. Infelizmente ainda não conseguimos prendê-lo, mas tenho certeza que ele ainda vai ser encontrado.

Quantas pessoas já conseguiu prender atuando aqui? Quantos casos já foram denunciados?
Já fizemos várias prisões em flagrante, faz parte do dia-a-dia. Agora denúncias... São feitos em média 150 boletins de ocorrências por mês. Desde o início de 2008, 800 inquéritos já foram instaurados.

O número de crimes contra mulheres cresceu ou elas estão denunciando mais?

Na verdade, a violência contra a mulher sempre existiu. A gente sabe que ela é fruto de uma sociedade machista, de formação patriarcal. Porém, a Lei Maria da Penha, que é de 2006, trouxe diversos mecanismos de proteção para as mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, as mulheres tem se sentido mais encorajadas e mais confiantes de denunciar esses agressores.
Nós trabalhamos com essa conscientização. A lei está cada vez mais divulgada e difundida, e as mulheres estão conhecendo seus direitos.
Com essa lei, agora a mulher pode pedir medidas protetivas de urgência, que permite à vítima de violência doméstica solicitar, por exemplo, o afastamento do agressor de dentro de casa; o juiz pode determinar que esse homem mantenha uma distancia mínima da vitima, de sua família e de testemunhas, de 500 metros por exemplo, e até proibir o agressor de freqüentar certos ligares.
Antigamente, uma agressão corporal contra a mulher era considerada crime de menor potencial ofensivo e era feito um termo circunstanciado. Em geral, o agressor acabava pagando uma cesta básica, prestando serviços, e isso não pode mais acontecer. Agora o agressor pode até ser preso em flagrante, e é instaurado um inquérito policial. Assim, a mulher se sente mais confiante.

E os planos para o futuro?
Aqui na delegacia da mulher o meu desejo e fazer o melhor trabalho possível, dando um tratamento especial para as vítimas de violência doméstica, com mais agilidade e rapidez, porque ela é uma vítima especial e merece todo um cuidado específico.
Profissionalmente, pretendo iniciar um mestrado no ano que vem, em Direito Penal, e defender uma tese relacionada à violência doméstica e familiar contra a mulher, para aprimorar meus conhecimentos e poder fazer um trabalho cada vez melhor, tanto de atendimento às vítimas, quanto na resolução dos casos.
Mas eu estou realizada profissionalmente. Estou muito feliz onde estou, e pretendo me especializar, para aprimorar meu trabalho.
Além disso, acredito que os novos delegados, jovens assim como eu, com média entre 25 e 27 anos, com gás, podem contribuir muito para a segurança pública do estado.
Acho legal o investimento do governo, com a contratação dessa turma nova, com vontade de trabalhar, para ajudar aos que já estão atuando, que também estão trabalhando para acabar com a criminalidade no Espírito Santo. Nós só viemos para somar.
Eu tenho orgulho de trabalhar na Polícia Civil do estado e espero, como capixaba, que eu possa ajudar a melhorar a segurança no Espírito Santo.


*Entrevista também publicada no jornal A Tribuna de domingo, dia 20 de julho, de 2008. Aqui sem edição e sem cortes.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

A nossa paixão


VALEU FLUSÃO!

Pela raça e força de vontade!

O importante é que ACREDITAMOS e LUTAMOS até o fim! Se não ganhamos, é porque existe um time que também lutou muito e brigou muito até aqui. Como foi linda esta quarta-feira! O jogo de ontem, a nossa determinação, o SHOW da nossa torcida - que deixou o Maraca lindo, com as três cores do nosso coração, como JAMAIS alguma torcida já fez.
Infelizmente, não levamos o título, mas deixamos a certeza, para qualquer torcedor de outros times que torceram contra, que não existe torcedor mais apaixonado e vibrante no Brasil como o TRICOLOR do Rio.

Parabéns LDU pelo futebol, pela noite inspirada do goleiro catimbeiro, pela BURRICE do juiz, e pela sorte, porque afinal de contas, ela acompanha os vencedores. Além disso tudo, o jogo de ontem serviu para aumentar ainda mais a minha paixão, e com muito mais vontade de gritar: EU ACREDITO! Que vamos dar a volta por cima e quem sabe chegar novamente à Libertadores e a outra final.

Para os flamenguistas que estão achando o máximo essa derrota, minha compaixão, porque vcs estão MORENDO DE DOR DE CUTUVELO, já que não conseguiram fazer o que o FLUSÃO FEZ: ser a melhor equipe da competição, e que por errar em apenas um jogo (EM QUITO), foi castigado assim. No mais, podem comemorar, afinal, somente os fracos de espírito vibram com a derrota alheia.

MINHAS SAUDAÇÕES!

Não estou abalada, pelo contrário, ESTOU MUITO FELIZ pelo futebol que meu time mostrou.

*Tá certo, admito. A taça estava em nossas mãos, e pela inexperiência do Renato - que falhou e muito ao recuar o time quando precisávamos de um gol, apenas um! - a deixamos escapar das Laranjeiras. É triste, mas agora é bola pra frente.

FORÇA Flusão!!

sexta-feira, 28 de março de 2008

Proposta


Deputados do Estado do Piauí ficaram inconformados com a vitória de Rafinha na 8ª edição do Big Brother Brasil, da Rede Globo, na última terça-feira (25). A Assembléia Legislativa do Estado, terra da vice campeã Gyselle, aprovou proposta do deputado estadual Warton Santos (PMDB) para solicitar à TV Globo explicações sobre a final. Rafinha se consagrou campeão com 50,15% dos 76 milhões de votos. Os deputados acham que o resultado foi injusto e querem saber se existe um prazo de um minuto para o desempate.
Bom, vejamos. Será que esses queridos deputados não têm mais o que fazer? Será que eles acham mais importante se preocupar com o resultado de um reality show do que com as leis que precisam ser discutidas e aprovadas por eles - que com certeza não são poucas?
Se tem algum piauiense orgulhoso dessa atitude política dos deputados do estado, penso que deveria rever seu conceito. Eu, acho vergosonho para o Piauí e para o país.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Ruas cheias Vs ônibus lotados



1 Milhão
Foi capa dos dois principais jornais do Espírito Santo neste Sábado, dia 23: O Detran-ES estima que em 30 dias o número da frota de veículos do estado deve chegar à marca de 1 milhão. O grande fenômeno é atribuído à facilidade de adquirir um veículo parcelado em várias vezes e com juros baixos no financiamento. De 27 de janeiro até sexta-feira foram mais de 7 mil novos registros. E isso já se reflete nas ruas do Estado. Quem mora na Grande Vitória já sente, há alguns anos, esse número na pele. Na Sexta-feira o trânsito na 3ª Ponte estava simplesmente ‘um caos’ às 19 horas. Eu fiquei mais de 25 minutos para chegar da Beira Mar até o contorno para voltar ao Centro da Cidade de Vitória (coisa de mais ou menos uns 500 metros). Pelo incrível que pareça, está sendo muito mais vantajoso pegar a 2ª Ponte para chegar à Vila Velha. Esta é mais uma carácterística das grandes Metrópolis que chega à Grande Vitória, e que demosntra o quanto o Espírito Santo está crescendo economicamente.

A Gazeta:
"Esse marco histórico é uma das características do crescimento econômico do Estado, propiciando melhor qualidade de vida à população e maior conforto. Mas esse mesmo crescimento passa a produzir um impacto negativo nessa qualidade de vida, quando levamos em consideração os problemas do excesso de veículos nas vias públicas", comenta a gerente de Educação de Trânsito do Detran, Rosane Giuberti.
Tanto que em Vitória, 56% das pessoas que circulam pela Capital preferem andar em veículos individuais, contra 44% dos que usam o transporte coletivo. Percentual superior ao da capital paulista, que chega a 53%.
Vitória também é a cidade, segundo o Detran, com o maior número de veículos cadastrados: 140.194 até ontem. E o que tem o maior número de automóveis no Estado. São 99,5 mil carros para uma população que beira os 315 mil moradores, segundo o IBGE. O que resulta em uma média de um carro para cada três moradores. Bem abaixo da do Estado, que tem um carro para cada 6,4 habitantes (são 521,7 mil automóveis para 3,4 milhões de pessoas).
Essa situação, sem avaliar futuras intervenções, levará a um acréscimo de 47,4% nas viagens individuais e de 34,1% nas de transporte de massa no trânsito da Capital, em 2025. Os dados são do estudo de mobilidade urbana, feito pelo Estado e pelos municípios da Região Metropolitana.
***O jornal A Gazeta sugere aos capixabas a boa e velha bicicleta como alternativa ao trânsito lento da capital. Alternativa essa que já é muito usada na Europa e em muitos países Asiáticos, como a China.

Uma oura alternativa é usar o transporte coletivo. Mas aqui no Estado esse jeito de diminuir o número de veículos nas ruas não é bem visto pelos capixabas. Vitória não possuí metrô e a qualidade do transporte público fica a desejar. O Jornal A Tribuna fez um teste, e comprovou que a melhor forma de se locomover pelas ruas da região metropolitana ainda é com veículos particulares ou de táxi.

A Tribuna
Primeiro itinerário
De ônibus: Eram 15h30, quando a bailarina Gabriela Lisboa Maia saiu de Santa Bárbara, Cariacica, com destino à Praia do Canto, em Vitória. Ela caminhou três minutos até chegar ao ponto de ônibus. Esperou 15 minutos até embarcar no ônibus, sentido Terminal de Campo Grande, onde chegou três minutos depois.
Lá, ela pegou o ônibus que faz a linha Terminal de Campo Grande ao Terminal de Carapina, embarcando dois minutos depois. Chegou à Praia do Canto às 16h37.
Quanto tempo levou: 1h07
De carro: Saindo no mesmo horário (15h30), a universitária Vanessa Ghidetti seguiu de carro direto até a Praia do Canto. É claro que ela não precisou passar pelo Terminal de Campo Grande e nem pela avenida Expedito Garcia, trajeto feito pelo ônibus, que durou 10 minutos.
O trajeto durou 25 minutos, considerando o tempo gasto para estacionar o carro, que foi de dois minutos. Foram percorridos 18 quilômetros de carro.
Quanto tempo levou: 25 minutos
A diferença: 42 minutos

Segundo itinerário
De ônibus: A bailarina Gabriela Lisboa Maia saiu da rua José Anchieta Fontana, em Jardim Camburi, Vitória, às 16h58, caminhou três minutos até chegar ao ponto de ônibus, onde esperou 22 minutos. O ônibus percorreu primeiro o bairro, saindo pela rua Carlos Martins.
No trajeto, engarrafamentos em alguns trechos, principalmente na avenida Dante Michelini (Camburi), na Praça do Papa, na Enseada do Suá, e no centro. O desembarque foi no Parque Moscoso, em Vitória, às 18h18.
Quanto tempo levou: 1h20
De carro: Como estava de carro, a universitária Vanessa Ghidetti seguiu direto para a avenida Dante Michelini, em Camburi, sentido Parque Moscoso. Também optou pela Beira-Mar, mesmo percurso feito pelo ônibus da linha 211 (Jardim Camburi a Santo André).
Por conta do horário, ela também enfrentou congestionamentos em alguns pontos. Os mais lento foram na Praça do Papa e no centro de Vitória. Foram percorridos 15 quilômetros e ela chegou ao destino às 17h35.
Quanto tempo levou: 37 minutos
A diferença: 43 minutos

B. Por falar em jornais...
O site
Newseum traz diariamente as primeiras páginas de quase todos (para não dizer todos) os principais jornais do mundo! É super interessante. Traz inclusive o web site de todos eles. Vale à pena conferir!

C. Essa é para ilustrar a famosa frase: “Você pinta como eu pinto?”
Para quem gosta de artes alternativas e inusitadas, apresento a vocês o artista Tim Patch, mais conhecido na Austrália como “Pricasso”. Sabe por quê? Simples. Como escrito no
G1 deste Sábado, ‘ele não usa pincéis convencionais’, e sim a sua própria “brocha”, como ilustra a foto de Antony Kaminju/Reuters.



*Colaboração: Planeta Bizzaro do G1 e amigos da Redação da TV Tribuna – adoramos comentar bizarrices. Mais bizzaros ainda são os nossos comentários – deixa baixo...

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Gol: exemplo de vida e superação

*Por Katarine Rosalem

Para um jovem saudável seria quase impossível imaginar-se jogando futebol sem as pernas. Mas para Saulo André das Neves, de 21 anos, esse fato foi apenas um detalhe. Por um problema de má formação, desde menino Saulo se acostumou a viver sem os membros inferiores. E desde os 6 anos de idade adaptou os lances do esporte ao seu corpo.
Como não tem as pernas, usa um skate para correr atrás da bola. O impulso é dado com a ajuda das mãos. Os gols ele marca com a cabeça e com o skate. Saulo garante que em 2007 foi artilheiro do time. "Fiz 119 gols!"
Não é para menos. O futebol é sua segunda paixão. Fica atrás apenas da família e dos amigos. Seu maior sonho "é conhecer o goleiro Rogério Ceni e o craque da seleção brasileira, Ronaldinho Gaúcho".
Ano passado o técnico da seleção brasileira masculina de vôlei esteve no Espírito Santo para o lançamento do Projeto Esporte na Escola, do Governo do Estado, por intermédio da Secretaria de Estado da Educação. Na ocasião, Saulo, que mora da Região da Grande Terra Vermelha, em Vila Velha, conheceu o ídolo. O jovem garante que esse encontro foi muito importante para sua vida. "Conhecer o Bernardinho foi um incentivo para mim", diz emocionado.

A musa do Jucu
Morreu nesta quarta-feira a suposta musa inspiradora da música gravada por Martinho da Vila, "Madalena do Jucu". Maria Madalena de Jesus Simões nasceu na Serra/ES, no dia 4 de janeiro de 1926 e faleceu aos 82 anos. Ela era neta do escravo Crispiniano da Silva, filha de Zé Maria, um dos fundadores da primeira banda de congo da Serra. O Congo é um dos ícones da identidade cultural do Espirito Santo.
*Autoria Contestada: Em vários sites que percorri a música "Madalena do Jucu" tem autoria atribuída ao cantor e compositor fluminense. Mas na verdade a música foi feita por moradores e músicos do Congo Capixaba.

Quantos dados você quer?
Para tudo! Sem explicação o site Te dou um dado. A página, que antes era um blog, está longe de ter uma redação jornalística, mas é ótima para dar altas gargalhadas. Não sei onde, nem como os autores da página conseguem descobrir fatos engraçados sobre a vida de pessoas 'vips' de todo o mundo. Para quem adora saber sobre a vida de pessoas famosas (assunto que, aliás, já virou febre há muito tempo em folhetins, sites e revistinhas femininas do tipo de-tudo-um-pouco que são vendidas semanalmente) de forma cômica e descontraída, o site é o lugar certo. Vale muito a pena. Não acrescenta nada intelectualmente para quem o lê, mas pelo menos, faz qualquer mortal morrer de rir.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Preciso de um desses

1. Cartões
Queria saber até quando, nós brasileiros, vamos ficar calados diante de tanta sujeira e pouca vergonha na administração pública de todo o país. Depois de "mensalões", "mensalinhos" e outras falcatruas cachorrentas que vinham (esperam que seja realmente no passado) acontecendo desde os primórdios, (porque ninguém aqui, penso eu, acredita que essa seja uma prática petista), eis que surge mais uma: os cartões coorporativos usados de forma indevida e abusiva pelos digníssimos ministros e demais membros de governos Federais, Estaduais e Municipais. Digo 'surge agora' porque só agora (por que será que só agora, no governo Lula?) isso veio à tona. É irônico, para não dizer trágico, constatar que a senhora ex-ministra da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, tenha gastado R$ 171 mil reais de forma desregrada. Logo ela, a primeira que deveria lutar pelo fim da também desigualdade social - que é sim um dos principais males da disparidade social que há entre as 'raças' do país. Ela pediu demissão após o "escândalo".
Só no Espírito Santo os órgãos públicos gastaram em 2007 mais de R$ 659 mil reais com cheques coorporativos. A ferramenta, similar aos cartões, que passaram a ser usados este ano, é utilizada pelo Executivo desde 1971.
Amparados em um artigo, que prevê cota ilimitada para gastos considerados imprevisíveis e emergenciais, os órgão estaduais extrapolaram o limite de R$ 16 mil no ano passado. Mesmo sem o detalhamento dos gastos, que ainda não foram finalizados, o sub-secretário de Estado de Gestão e Recursos Humanos do Estado do Espírito Santo, Max Damata, garante que não há indícios de irregularidades. "Nós estabelecemos um limite de R$ 16 mil por ano e tenta unificar este valor para todas as despesas estabelecidas no decreto. Eventualmente pode ser gasto um valor acima de R$ 16 mil. Quando isto acontece, nós solicitamos que os órgãos que ultrapassaram o valor, justifiquem porque utilizaram um valor acima de R$ 16 mil", afirma. A verba vem toda do Suprimento de Fundos, utilizado para gastos do Executivo estadual. Este ano serão entregues 185 cartões, dos quais 53 já estão sendo utilizados por servidores. No ano passado, 385 pessoas utilizavam os cheques.
Só para deixar claro: não defendo ninguém do governo Lula, nem acredito que nosso Presidente não saiba de nada, mesmo porque a filha dele sabia muito bem como utilizar esse "recurso". Mas também não tenho dúvidas de que essas "tetas" já são "mamadas" há muuuito tempo.

2. Caderno 2
Queria parabenizar o colega Tiago Zanoli, jornalista do Caderno 2 do Jornal A Gazeta (ES), pela matéria publicada neste sábado. O assunto é o livro "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band – Um Ano na Vida dos Beatles e Amigos", do jornalista britânico Clinton Heylin, lançado recentemente pela editora Conrad. A livro trata do momento de transição do Pop e do Rock nos anos 60. Como tema, o polêmico álbum da banda, lançado em 1966, que dá nome à versão em português do livro, mas Clinton também aborda álbuns de outras bandas da época. Fiquei até com vontade de comprar a publicação.


3. Por falar em Beatles...
Há quem acredite que Paul McCartney está morto e que este Beatle que perambula pelas ruas de Liverpool é um sósia. E mais: dizem por aí que John Lennon teria tentado de todas as formas 'avisar' aos seus fãs o que havia acontecido. Também ficou curioso? Faça como eu e visite o site Mensagens Subliminares. Coisa de doido!!

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Rins, internet e futebol

1. Virou moda
Roubar rins virou moda na Índia. Nos últimos nove anos cerca de 500 casos foram constatados. As principais vítimas são agricultores e trabalhadores pobres. Um grupo de médicos e profissionais da área da saúde do páis atraía as vítimas com oferta de empregos em uma clínica e lá realizavam as cirurgias para a retirada do rim. Em alguns cassos, simplesmente obrigavam os 'doadores' a venderem ou 'doarem' seus órgãos. Saiu hoje, no G1. Não tenho palavras. Só fico aterrorizada. Vai que a moda pega aqui no Brasil também? Deus nos livre de mais esse mal...
2. Identidade ameaçada
Um advogado americano está furioso com um desafeto virtual. Ele está oferecendo US$ 10 mil (R$ 17,8 mil) em troca da identidade do blogueiro conhecido como "Troll Tracker". O motivo seria as sérias críticas que o blogueiro está fazendo à forma agressiva com que Raymond Niro defende casos de patentes -- especialidade do escritório em que trabalha. Niro afirma que "Troll Tracker" deve assumir a responsabilidade por suas opiniões. Quer saber mais? Saiu no Folha. Passa lá!
3. E por falar em advogados...
Há dias me pego a pensar por que diabos de motivos escolhi ser jornalista. Onde trabalho não faço matérias. Resolvo pepinos. Tá certo, produzo pautas todos os dias. Mas certas coisas me irritam profundamente. Será que teria sido melhor ter investido na carreira de advogada? Acho que não. Não gosto muito de advogados!
4. À moda corinthiana
Nada contra ninguém da fiel e muito menos do clube. Mas cá pra nós... Uniforme roxo é o fim da picada! Sou mais o laranjão do tricolor carioca! Saudações!!! "O show táááááááááááááá coooooomeçaaaaando!!"