terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O BBB também promove cultura

1. Do Big Brother para o Brasil


Há algum tempo queria escrever sobre o Big Brother Brasil aqui no N&C. Sei bem que existem várias opiniões, divergentes ou não, sobre o tão famoso e milionário programa global. Há quem o defenda, outros já o enterraram desde a primeira temporada, lá no ano 2000. Mas admito: embora sempre achasse tudo aquilo mentira e de muito mal gosto, costumava, mesmo que de forma discreta, acompanhar alguns capítulos dessa "novelinha da vida real".

Em 2011 jurei para mim mesma que não assistitia a nenhum episódio, nem mesmo aqueles mais polêmicos, por entender que já passou da hora da Rede Globo reconhecer e tirá-lo do ar. Mas não é que, de uma hora para outra, mudei de opinião? Sim meu caro leitor, ao contrário do que muitos pensam, o famigerado e inescrupuloso BBB pode sim promover a cultura. E vou explicar porquê.

Logo na primeira semana, assim que a novela das oito (ou das nove, sei lá) terminou, mudei de canal. Me lembro bem, era uma terça-feira. Coloquei na Band, canal 10. Quase NUNCA assisto à Band. Vejo TV fechada, mas não Band.

Então fui surpreendida pelo programa, ou série: "O mundo segundo os brasileiros". Fiquei encantada! a série consistia em matérias especiais sobre as grandes cidades do planeta contada a partir da visão de brasileiros que moram nelas. Hong Kong, Tókio, New York, Lisboa, Roma, Barcelona... Ontem voltei a colocar na Band, mas foi a outro programa que vi e me surpreendi: "A Liga".

Desse eu já havia ouvido falar, mas nem imaginava sobre o que se tratava, qual era o formato. Mas logo de cara vi que é muito melhor do que muita besteira que é exibina na TV Aberta do Brasil. O tema de ontem era "trabalho infantil". Os quatro apresentadores contaram, de perto, sobre o cotidiano de crianças que trabalham para ajudar a família, em três realizadades diferentes: vendendo balas no semáforo; limpando as víceras de bois em abatedouros e limpando castanha de caju.

Se todos os programas foram do nível do exibido ontem, afirmo sem medo de errar: vale à pena guardar as noites de terça-feira para acompanhá-lo.

Por isso que digo que o BBB pode SIM incentivar a cultura. Uma vez que mudo de canal e deixo o Bial falando sozinho para o "bando de heróis ao avesso", passo a acompanhar outros tipos de entretenimento televisivo mais interessantes e de conteúdo.

Como por exemplo, os bons programas exibidos pela própria Rede Globo no canal fechado Multishow: "Pé no Chão", com Dani Suzuki, e "Vai pra onde?", com Bruno de Luca.

Portanto, BBB é cultura sim! Mesmo que às avessas.